O trem parte da estação,
deixando a memória
da partida, na emoção,
da plataforma inglória.
Ouço o ruído distante
a ecoar por um instante.
A imagem longínqua
desbota-se na retina.
Reflito, por um momento,
o instante que contemplo.
Inspiro lembranças no ar
que sofro ao resgatar.
Idilicamente, tento rimar:
amor com beija-flor,
verdade com sinceridade,
felicidade com eternidade.
Toco a palma da mão,
sinto as marcas do tempo,
sigo, em vão, a linha da vida,
evocando rimas ao vento.
"Viver é confrontar o caos no cotidiano,
evitando cair nas armadilhas da depressão."