Segreda o hálito a eucalipto
Ao luar do ventre lavado
Puro sol do oriente
Onde há um sabor amargo
Falta ainda o mel nos dedos
Adoçando os matizes
À moura ainda chorando
A sabedoria dos aprendizes
Renega as distâncias distantes
Mais o calor do campo
A vontade mais dominante
Num aconchego amplo
Rasga o mapa da mentira
Afunda a névoa nebulosa
A saudade, por vezes, expira
Conserva o cheiro da rosa
Sobra um cravo na lapela
Que a liberdade te deu
Vontade forte, tão bela
Como o amor que morreu
Felisbela Baião
29/04/2024