Eu olho o mundo o vejo caminhar
Passos largos em busca de jovens
Sonhos novas ilustrações no lugar
De imagens que não mais comovem
Meus antigos solos continuam vivos
E enquanto esse mundo segue à frente
Percebo que já não mais o acompanho
Presto mais atenção um olhar diferente
Aos poucos vou me afastando do rebanho
Meus antigos solos continuam firmes
E apesar do prazer inenarrável de sentar-me
Neste canto escuro acompanhado do Bourbon
E do choro das clássicas guitarras penso em você
Sinto um calor maduro meu perfume em seu batom
Enquanto antigos solos continuam me levando ao mar
Decido então continuar aqui no escuro escondido
Admirando o céu espreitando as estrelas cadentes
Sonhos que passam ligeiros caem num lugar perdido
Enquanto eu fico aqui neste canto escuro e transparente
Mas os meus solos renitentes insistem em me trazer sonhos
Deus abençoe os sonhos dos que ainda tem tempo
Carlos Correa