Não existe atraso debaixo dos seus olhos
Se você consegue ver além das aparências
Nem mesmo o pior dos pesadelos noturno
Podem afastar a sua segurança interna
Se souber cuidar da sua mente insana
Tornar-se-á um enrijecido atalaia moderno.
Eu digo isso com toda convicção
Porque ninguém se importa mais com a maturidade
São robôs controlados por mãos trêmulas
De bêbados espalhados pelas salas vazias
Um tempo que custa muito caro
Para todos aqueles que esperam uma saída.
Toda a existência sufocante perde seu sentido
Quando descobrimos o esconderijo secreto
Quando a alma tem seus segredos revelados
Não se pode esconder uma luz debaixo da coberta
Nem dos olhos perspicazes de bisbilhoteiros
E, então, tudo vem a tona no momento errado.
Existe nos cantos lúgubres da sociedade
Pessoas que destilam inverdades o tempo todo
Espalham mentiras glamourosas que corroem
Esses são os assassinos reluzentes
Que convivem entre nós e sorriem durante o dia
Planejando o seu crime para o crepúsculo.
Aqui está um fiel retrato de nossos reflexos
Uma odisseia corriqueira de um mundo em convergência
Não podemos saber ao certo o que há no caminho
Se são apenas armadilhas ou ratoeiras desarmadas
Todo dia esconde-se uma sinfonia sinistra
E um esquartejador de calendário na escuridão.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense