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A Valsa da Rosa Negra(Sketch 25)

 
A Valsa da Rosa Negra

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A cena se passa em Stuttgart, Alemanha, em 1922



Cena Única



Uma sala contendo uns seis manequins. Nela um gramofone está ligado tocando uma valsa de Johann Strauss. Em cima de uma mesinha uma rosa negra. Um homem chamado Kurt Eisner Welter está sentado em uma cadeira.



Kurt- Ah, eu preciso realmente treinar os passos de valsa, mas como minha irmã viajou, só esses manequins me sobraram. Terei que realmente treinar com esses objetos horríveis. Ah, como me irrita ter que treinar esses passos de valsa, eles simplesmente não foram feitos para eu dançar, na verdade eu não nasci para dançar. Não faz parte do meu espírito, da minha pessoa, mas creio que fazendo isso rapidamente eu aprenderei e poderei mostrar a minha mãe e irmã no baile que se aproxima. E depois disso, jamais irei a um baile novamente. Ah, os bailes não passam de meros rituais sociais de encontro e de namoro. Como as pessoas não percebem que é uma espécie de pequena religião social? Como eles não percebem que é apenas a perpetuação do mesmo sistema que está no lugar há mais de dois mil anos? Ou mesmo mais, pois pode-se traçar todo tipo de bailes antes mesmo do que isso. Não, eu não irei participar de tal afronta social. Bom, vamos lá, eu preciso realmente treinar estes malditos passos (Kurt levanta, vai até um manequim feminino e segura-o e dá alguns passos de valsa junto com ele, ele realiza os passos de forma desajeitada, mas continua aprimorando até que se torna aceitável) - Ah, isso é realmente um castigo. Não aguento mais, três dias e isso não para. (Ele vai até outro manequim e faz os mesmos passos, ainda de forma aceitável, mas depois ele relaxa e vai melhorando. Ele olha para a rosa negra e pega-a e dança com o manequim e melhora consideravelmente os passos. Ele dança cada vez melhor com a rosa negra na mão) - Pronto, por hoje é só, ou não, porque ontem eu dancei três vezes. Bom, agora é meu horário de me alimentar. (Kurt sai com a rosa negra na mão não sem antes fazer alguns passos muito bons de valsa.)



O pano desce.



FIM

 
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lud
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