A terra dos corações encontra-se ressequida de esperança
A fonte de alento que nutria o coração se esvaiu
Lágrimas de um povo esgotado, massacrado
salgaram a terra deixando no chão as fissuras da desolação
Um deserto emocional se formou nas ranhuras daquele coração
Famílias desamparadas choram suas dores desprovidas de compaixão
na seara alheia viu-se dissipar os brotos da vegetação
que seria o pão sagrado do seu sustenho, o alimento de sua inspiração
Promessas vazias, falas macias, um sem quê de falta de comiseração
E o coração destroçado, enegrecido, empobrecido fazia fragmentar aquele chão
Braços que não abraçam, corpos que não se entendem
Vão mudando o destino daqueles corpos inertes de esperança
Promessas vãs e dissolutas se evaporam na imensidão
No coração a incisão da pervertida desilusão
Estende-se no oásis que cerceia a emoção
Gracita