Nas margens do poço, ao sol abrasador,
Encontra-se Jesus, fonte de amor envolvente.
A mulher samaritana, alma sedenta,
Aguardava água, mas achou uma história comovente.
Ele, com olhos de misericórdia e graça,
Aproxima-se dela, sem nenhuma amargura.
"Mulher, dá-me de beber", Ele pede com calma,
Ela, surpresa, enfrenta essa nova aventura.
"Como, sendo judeu, pedes água a mim,
Uma samaritana, que traz tanto assim?"
Mas Jesus responde com palavras de alegria:
"Se soubesses quem é que pede,
A água que ofereço não soçobraria."
Ele fala de uma água que sacia eternamente,
Que jorra vida abundante, incessantemente no ser.
Ela, intrigada, pede-Lhe dessa água divinal,
Pois a sede de sua alma começava a compreender.
Jesus, então, revela seu conhecimento profundo,
Desnuda as camadas do seu ser com carinho.
Os segredos do coração, Ele sonda com ternura,
Ela, maravilhada, sente-se em seu caminho.
A mulher samaritana, transformada pelo encontro,
Corre à cidade, sem qualquer ressentimento.
"Vinde ver um homem que tudo me revelou,
Será Ele o Messias que tanto desejamos no momento?"
A notícia se espalha, e muitos vão ao encontro,
De Jesus, o Salvador, fonte de alento e amor.
Naquele poço, um encontro divino aconteceu,
E a mulher samaritana em Jesus viu o Salvador.
Que em nossas jornadas, encontremos também,
A graça que transforma, o amor que nos salvará.
E que, como a samaritana, possamos testemunhar,
Que Jesus é a fonte de água viva, que nunca cessará.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense