Rasgou a ponte e abriu os poros
às margens férteis do tempo novo.
Não há sombras
neste rio
onde acordam entoações de primavera
e voos de linhos respiram na janela.
Procura-se
no fundo de manhãs a cores
reinventa-se na matriz das borboletas.
Desprende os anseios na vertigem da bruma
é pedaços de vento
desenhando os passos em árvores nuas.
Decifra sensações
nas estradas sem distância
onde mapas paralelos se entrecruzam.