E quando as palavras adormecem
na habituação dos dedos
há vozes antigas a alimentarem
a árvore que o coração celebra.
São frágeis as horas.
Mas quantas vezes um olhar
a crepitar de luz não faz estremecer
o silêncio da casa?
Talvez na linha d’água dos pássaros
a metamorfose do verso aconteça.