Caminhando devagar
O olhar contra a luz do sol
Os pensamentos distantes
Como se o mundo não existisse
Nem para os que desejam sonhar.
Pássaros não voam mais
Sem saber a direção certa
Nem escondem no ninho
Seus filhotes inocentes
Que acabam de nascer.
Ondas elétricas assustam
Os ratos que desfilam pelos fios
Camudongos ameaçadores
Podem não fazer nenhum mal
Mas nunca saberemos.
Cada um faz o que quer
Porque assim foi definido pelo tempo
E o sol nascer em qualquer manhã
São as diretrizes de um mundo em transformação
Como os pilares de uma construção.
No meu canto sozinho
Apenas observo o desenrolar das coisas
Os acontecimentos terríveis
Que causam momentos singelos
Naqueles que querem apenas pensar.
Nunca deixe de falar o que sente
Não cause mal a você mesmo
Liberte-se das amarras e nós
Que cerceiam a sua liberdade
Como se você não pertencesse a esse lugar.
Fale com a ousadia
Com a coragem que lhe é peculiar
Para que o mundo o conheça
Como se faz necessário
Para uma caminhada até o destino final.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense