O balanço do mar pode nos trazer sonhos
Ou nos levar até a fonte onde eles nascem
Não tenho muita coisa e só o que disponho
Palavras maltadas que não sei de onde vem
Tem vezes que olho imagino ter visto alguém
Passa o trem já não consigo ver mais ninguém
Mas junto das palavras tenho também alguma
Coisa mas se for whiskey eu não tenho nenhuma
Já criei tantas histórias dentro de minha mente
Verdade fantasiei algumas delas numa canção
Cheguei até acreditar que poderia ser diferente
E no final apenas fico contente de não ser o vilão
Eu queria ser o que veem dentro deste meu retrato
Mas a verdade é que o Rock’n’Blues toca mais alto
O que vejo aqui dentro não me deixa nada orgulhoso
Mas me escapa um sorriso e ele me parece malicioso
Ah o balanço do mar deixa a gente um pouco tonto
Aí percebo que o timoneiro voltou a ser o garçom
Meu amigo melhor trazer a conta já estou pronto
Mas antes poderia me dizer de quem é esse batom?
O troco é seu...
Deus abençoe o garçom que nos ouve
Carlos Correa