Poemas : 

Impuso

 
 
Nesta noite ou algo que se parece tanto com ela
Resolvi ir tão fundo quanto permita o oxigênio
Dentro do whiskey mais envelhecido desta adega
Me vesti de passado e me joguei dentro do incêndio

Logo a noite escura veio e caiu sobre minha cabeça
Talvez fosse mais fácil enxergar de olhos fechados
Não havia fogo nem labaredas havia apenas sentenças
E me julguei culpado por cada coisa que fiz de errado

Desgraças das quais fiz parte coisas que não deveria ter visto
E que eu sinceramente peço para deixar logo ao amanhecer
Agora entendo porque não nos é permitido ver estes registros
São muito piores e sozinhos nunca conseguiríamos esquecer

O ar aqui é rarefeito muito mais pesado fácil ficar desorientado
Paredes descascadas cacos dourados de antigas nobres garrafas
Eu ouço gemidos ecoando acreditam que nunca serão perdoados
Não perdoam a si próprios aceitam estar num emaranhado de tarrafas

Mas a luz alcança tudo até a mais sombria e distante escuridão
Fico imaginando o que fazer para voltar meu copo já está vazio
Fecho então meus olhos e procuro seu sorriso em meu coração
Sigo sua luz volto versos vi o que me separa dali apenas um fio

Deus abençoe os que ainda está lá
Carlos Correa

 
Autor
CarlosCorrea
 
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