Luso-Poemas
 
Poemas : 

Não esquecer o corta-vento

 


A meio caminho acendo fogueiras

como se navegasse um céu

na aparência de primavera


e desafiasse novelos de tempestades

com asas em trajetórias ascendentes.


Mas não.


Neste lado do tempo

o poema quer fugir da loucura


dos estilhaços dos dias

escrever calendários sem idade.


São somente versos avulsos

o eterno olhar artificial a baloiçar nas palavras.


Um destes dias hei de

remover a ansiedade das sílabas e deixar fluir

cristalina

a voz guardada.


 
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idália
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Enviado por Tópico
ZeSilveiraDoBrasil
Publicado: 15/03/2024 15:11  Atualizado: 15/03/2024 15:12
Administrador
Usuário desde: 22/11/2018
Localidade: RIO - Brasil
Mensagens: 2215
 Re: Não esquecer o corta-vento
.
.
.
Percebe-se que a poeta se joga num solilóquio de peito aberto através do poema, indiferente, se para olhares indiscretos e ou ouvintes curiosos. Creio que em tempo hábil a poesia intervirá,

"remover(á) a ansiedade das sílabas e deixar(á) fluir
cristalina
a voz guardada."

Bom te ler!

Grande abraço caRIOca!

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