A noite se repete a cada madrugada
Eu o mar meu Bourbon minha canção
Em meu sangue correm ondas salgadas
Quebram na areia pelos dedos da mão
Em algum momento o oceano que vive em mim
Irá secar deixando apenas os caminhos sulcados
Não sei pra onde vai toda água qual será seu fim
Mas toda nuvem vira chuva volta a cair deste lado
Algumas coisas são difíceis de mudar e preciso
Conhecer muitos lugares talvez sendo nuvem
Consiga ganhar forças pra voltar com um sorriso
Serão ainda tantos mares tantos milhares de vai e vem
Mas por enquanto cada vez que as ondas chegam à costa
Deixam versos e antes que se apaguem registro no papel
Me perco em solos de guitarra como se dali viessem as respostas
Todas as preces que entre um Bourbon e as canções envio ao céu
Deus abençoe a linguagem de cada um
Carlos Correa