Meu avô ,me segredou ,que se diverte escrevendo poesias desde 1974, coincide com o ano que começou a cursar veterinária e morar em Seropédica. Parece que o novo ambiente inspirava meu vô. Quando mudou para Corumbá continuou a diversão com essa arte, vez por outra publicava em algum jornal local uma poesia. Em 1983 , lançaram um concurso de poesia na cidade. Meu avô tomou coragem e pediu para um amigo,fazer as correções nas poesias que iria escrever no referido concurso. O amigo ficou surpreso, após ler e revisar a obra disse ,você vai ganhar , não tem ninguém que escreva como você por aqui !O prêmio seria a publicação de um livro com as poesias que o concorrente inscrevesse . O nome que ele deu no seu livro foi : O Destino do Alquimista. Ficou otimista,com o que o amigo falou da sua obra .
Um mês após a inscrição recebeu um telegrama falando que havia ganhado o Prêmio Oscar Tiradentes , na categoria de poesia moderna. Ficou muito feliz com a notícia, mas na entrega do prêmio, que seria no Corumbaense, o clube mais chic da cidade, meu avô voltou a fazer das suas...O traje para a cerimônia de entrega do prêmio exigia terno , meu avô não reparou neste detalhe e não foi de terno , vestimenta que nunca usara...Ao contrário do pai dele, meu bisavô, que vivia de terno.
Resultado um porteiro do clube barrou sua entrada. Não participou do seu dia de glória na cidade. Mas, acabou recebendo seu prêmio sem festa, acho que foi de propósito...Repetiu o que fez em sua formatura em Veterinária, não tomou conhecimento da festa de formatura. Meu avô sempre foi meio ogro e pelo jeito vai ser sempre assim.
Re: 21- Histórias de meu avô raiz
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