No silêncio
dos olhares revisitados
escutámos o apelo
de longínquas memórias
inventámos um tempo
de sussurrada volúpia
na magia da dança
que febris emoções
acordou
anunciámos o azul
na vertigem dos sentidos
abandonados à voragem
de indomados corcéis
afundámos os corpos
em consentidos frémitos
de alfazema e rosmaninho
na cumplicidade doce
de inebriantes madrugadas
amanhecemos promessas
de infinitos partilhados.