I
No peito, a saudade profunda,
No olhar, o amor que seduz.
Doce lembrança que abunda,
Nos versos, te vejo em luz.
II
Na brisa que me acaricia,
Sinto teu doce perfume no ar.
Saudade é a tua delícia,
Amor que não cabe no olhar.
III
No silêncio da noite escura,
Teu nome ecoa em suspiro.
Saudade é a chama que perdura,
Amor no qual me inspiro.
IV
Nas estrelas, busco o teu olhar,
Na lua, vejo teu sorriso.
Saudade é o mar a me embalar,
Amor que transcende o improviso.
V
Na solidão que me acompanha,
Teu abraço é a minha morada.
Saudade é a sina que me ganha,
Amor que nunca se desfaz na estrada.
Trovas: Odair José, Poeta Cacerense