Eu alimento
Minha culpa de viver
Com o leite materno
De uma esperança
Que não tenho.
Não há tempo
De recuperar mágoas,
Elas são como rios:
Nunca serão as mesmas
Mas sempre existirão.
E não distante daqui
Existe alguém
Que talvez espere
Uma noite inteira por você.
Até quando permanecerá
A colher flores
Que murcharão pela manhã?