teimosa nostalgia
que nunca me abandona,
é dona, de meu recolhido coração
onde não mora a alegria.
a felicidade já pouco pulsa,
na memória é tarde demais,
apagou-se o clarão
trago agora o olhar preso à solidão.
há uma luz que se instala
no meu frio,
o teu olhar parecendo atento,
olha-me, também ele, vazio!
a claridade é a fonte
abraço-te com ternura
tocamos o horizonte,
esquecemos a noite escura
claros silêncios,
insinuas apenas um sorriso
é tudo o que preciso!
então a morte não se atreve
deixa-nos a sonhar com a saudade
sem saber se deve ou não deve,
pressagiar-nos tempestade,
nosso céu inunda de azul cristalino
traz-nos um sol a saudade,
e um alento ressuscitado,
eu ainda menina, tu menino
no passado
que não quer, ser apagado...
natalia nuno
rosafogo
Na plenitude da felicidade, cada dia é uma vida inteira.
Johann Wolfgang Von Goethe