Rebelde com ardor juvenil,
não percebe cada ardil,
que a vida lhe arma,
acreditando ser um carma.
A vida ceifa seus sonhos pueris,
com a foice da verdade,
expondo cáustica sinceridade,
sem lugar para um final feliz.
Acólito de podres rituais,
perde-se em opiniões banais.
Crendo em virtudes teológicas,
consome armadilhas tecnológicas.
Pela grandiloquência nas redes,
acredita em qualquer solução reles,
apregoada por alienados alienantes,
apóstolos supostamente influentes.
Conserva valores que não viveu.
Anseia por acalentar o seu eu.
Saciando-se com falsos sentimentos,
vive sem verdade, apenas, iludido.
"Viver é confrontar o caos no cotidiano,
evitando cair nas armadilhas da depressão."