Poemas : 

Flor (18ª Poesia de um Canalha)

 
Um andar bamboleante fazia dela rainha da rua
Contracenava ali com olhos atrevidos e piropos
Assobios desafinados e alguma indecorosa mão
À noite de silhueta só amparava a lua ainda nua
E sem preconceitos deitada entre tantos corpos
Esculpia-se flor jogada numa marejada sedução

A ignorância trazia-lhe amor em tons de pureza
Cegueira a pobres de espírito e ricos com nada
Salvação a outros divorciados da vida miserável
Imortalidade para degustar teorias de incerteza
Da beleza e da tristeza, grito em voz desafinada
Que calado, era um poeta de letra insustentável

Afinal no final vamos todos iguais e horizontais
Pó ao pó e ao vento que ali passando nos levou
E nos fez correr mundo nas asas do imaginário
Deu-me a mão e segredou-me palavras a mais
Olhando outra vez para mais lado nenhum voou
Feliz por nascer silêncio do meu último calvário


A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
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Alemtagus
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