O voo do mal
Pombas selvagens vão para a guerra
não é isto que se espera
que ocorra neste mundo
mas vão em bandos
em um céu da cor de chumbo
elas vão voando
São pombas selvagens e severas
matarão os seus inimigos
sem nenhum pudor
em atos demoniâcos
os deixarão desnudos
neste sangrento campo de horror
Na ira absurda elas gritarão
com seus bicos enormemente abertos
por onde fluidos de dor vão escorrendo
despejando nos tetos
das catedrais do tempo
onde há negras flores com as
sua hastes cobertas de espinhos
A singularidade do mal é única
da mesma maneira que tambem é a bondade
mas na guerra, a maldade é a singular túnica
junte-se a mim nesta dualidade tiranica
e entregue-se a insanidade da alma
humana.
Alexandre Montalvan
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