Poemas : 

Teias de palavras sem-abrigo

 
Nunca as horas foram tão breves
nunca os dias se fecharam tão cedo
contornos da noite
chuva baça
sem regresso.

As linhas do tempo sustidas
pelo desalinhamento dos ciclos
e as cores que incendeiam a tela
destroços de rostos
ao longo do silêncio do verso.

As mãos erguem as memórias
retêm o rumor do tempo. Prolongo-me
pelas copas das árvores
sopro apagado das pedras
e de aves caídas
arremesso.

Nunca os dias foram tão breves
e as horas compassos distorcidos
teias de palavras sem-abrigo
retrocesso.



 
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idália
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Enviado por Tópico
Paulo-Galvão
Publicado: 16/01/2024 09:48  Atualizado: 16/01/2024 09:48
Usuário desde: 12/12/2011
Localidade: Lagos
Mensagens: 1473
 Re: Teias de palavras sem-abrigo
Olá idália,
Parabéns! Lindo poma de textura intensa mas fluída.
Abraço
Paulo


Enviado por Tópico
Egéria
Publicado: 17/01/2024 10:26  Atualizado: 17/01/2024 10:26
Usuário desde: 28/09/2009
Localidade:
Mensagens: 947
 Re: Teias de palavras sem-abrigo
Olá, adorei!!
Abraço.