E lá está ela outra vez! Reincide... mas que teimosa!
Não é fácil voltar dizer e a redizer o mesmo vezes e vezes sem conta, num registo monocórdico que se agarra a uma ladaínha que chega a embalar os ouvidos.
E repete-se tudo, outra vez e volta a acontecer o mesmo novamente, por insistência provocadora do estilo. Haja paciência, que é almofadada e não aleija.
É tão repetitiva, que questão e resposta deixam de ser vivas e passam a ser viúvas uma da outra, isto entre vontades e verdades.
Continuam a existir mas deixam de ter corpo.
Conversa de surdos.
Se, numa divagação intermediária, quisesse uma vírgula trocar de sítio com um espaço ou uma palavra falar de um outro sentido, talvez aparecesse uma orelha em pé e uma cara que se virasse.
Talvez a rotina, se não fosse uma filha da mãe dada, se não fosse uma Maria vai com todos, talvez fosse uma prestimosa de fraca teimosia.
Mas lá está ela outra vez, lassa e viciada, a encher um saco de plástico que já nem resmalha. Que leva tudo sem estrebucho e está quase roto.
E a força? Já nem é preciso, nem sequer se tenta fazer. Nem, tampouco, diz não querer o que não quer. Engole, ajusta-se à repetição e repete sem tentar curvar para lado nenhum.
Valdevinoxis
A boa convivência não é uma questão de tolerância.