Poemas : 

Igualdade após da morte

 
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Por quê
Tanta arrogância?
Por quê
Tanta ganância?

As sobras
Nunca recusam
A mão que lhes acolhe,
A mão de quem nada tem

Nas fartas mesas,
As sobras têm seu cemitério;
A lixeira
Ao invés das mãos ao vento

Por quê tanta insolência?!
Só que
Antes de tudo,
Tudo gira a volta da bengala

Chegado o dia,
Tudo aqui ficará
E as covas serão gêmeas,
Gêmeas que não rejeitarão teu e meu corpo

E no escuro das novas moradias,
Só reinará o silêncio
Que não derramará nenhuma lágrima
No velórios dos inertes corpos,
Entregues aos vorazes vermes

Adelino Gomes nhaca


Adelino Gomes

 
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Upanhaca
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Enviado por Tópico
Upanhaca
Publicado: 30/12/2023 15:55  Atualizado: 30/12/2023 15:55
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 Re: Somos todos iguais após da morte
Após da morte,
Acabam todas as diferenças (…)

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