Sempre reparo os olhos assustados.
Brilhando no véu misterioso e pálido.
Castanhos, atentos e dilatados
Revelam pejo aos lábios calados.
Será o medo de não se encaixar?
De se abrir e errar? De alguém te julgar?
Seu medo lhe tira o ar? Faz hesitar?
É por isso que fala devagar?
Todos só a querem bem. E eu também.
A sós, te conto sobre quem é quem.
Vem, deixa eu ouvir sua voz. Sem acanho.
Eu bem poderia te ajudar com isso.
Sei como é ser tímido. Em troca, apenas
Decifro o mistério do seu sorriso.
Guilherme R.