Ontem sonhei com você, minha musa.
Bem como nas melhores madrugadas.
Nele, te encontrava e tomava suas
Mãos entre as minhas. Mãos já tão cansadas.
As abri, olhando terno suas linhas.
Tateei-as cauto como um quiromante.
Entrelaçando os dedos, lembrei que
Hão sozinhas quando estiver distante.
Tocando-as senti a aspereza de
Quem trabalha, e na força dessas palmas
A delicadeza de quem ama.
Cobrindo-as, tomei seus olhos por lares.
Guardava-as como diamantes preciosos.
Por fim, beijei-a sob meus polegares.
Guilherme R.