Sinto-o!
Os ossos enrijecem,
Ouço o bater acelerado,
Os músculos não atendem,
Olho em redor…
Prende-me!
Uma força possui o meu corpo,
Um vazio cheio de temor,
Quero, tento, não consigo libertar-me.
Luto, grito!
Combato a força que não me deixa actuar, tentar…
O pavor!
Domina-me sem consentimento,
Perco o norte,
Quero desaparecer…
Pois és como uma praga num roseiral,
Como os piratas em relação ao mar,
Deixa o meu corpo respirar,
Sem temor, pavor,
Deixa-me ao menos tentar!
Cigarrinha