No palco do tempo, onde o passado se desenha,
Não é verdade que tudo se apaga, que o amor termina.
A saudade persiste, como estrela cintilante,
Um eco no coração, inabalável que germina.
As estações passam, mudam as paisagens,
Mas a saudade permanece, fica na memória.
Nas dobras do tempo, onde as lembranças se abraçam,
A presença do teu ser, a saudade lembra a história.
O tempo, como um pintor, pinta novos horizontes,
Mas a saudade é a tinta que persiste no coração.
Cada traço do passado, cada riso compartilhado,
São quadros na mente, pela saudade feita emoção.
Oh, doce lembrança, que o tempo não consome,
A saudade é a melodia que o coração harmoniza.
Como uma canção que ecoa na distância,
O amor que vivemos transcende qualquer divisa.
Não é verdade que o tempo apaga o que foi,
Pois a saudade é a prova do que o coração sente.
E mesmo que os anos se acumulem como areia,
A saudade é a testemunha de uma história presente.
Enquanto o relógio avança sempre implacável,
A saudade é o fio que nos liga ao infinito.
Não se apaga, não se esquece, é eterna recordação,
O tempo pode mudar, mas não desfaz o que foi bonito.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense