Tateio na pele das árvores
a trança das memórias. Penteio os sonhos
de ontem e de amanhã
nomes
vultos que reaprendo
nas palavras onde moro.
Guardo no vento sementes
inesgotáveis
navios repletos de sol
onde equilibro os gestos
e aquieto a flutuação do tempo.
Dias de espera sobrevivem
em insaciáveis gotas de água
visíveis na sonoridade das folhas azuis
suspensas da claridade dos pássaros
e do recomeço do movimento.