Poemas -> Sombrios : 

abro a porta à solidão

 
Tags:  amor    silêncio    Escuridão    sombras    passos  
 
não sei bem dizer
o porquê deste meu silêncio
persegue as palavras que escrevo,
e a dor mais acre a doer!
neste desassossego,
à hora que o vento recolhe nos ramais,
chega a lembrança dum tempo onde o tempo
não existia
como um vôo que ondula fui-me perdendo
dia após dia

em mim ressurgem sinais
de frágil memória
procuro-me no incerto
vagueando no vazio, e
chegam as sombras por perto.

chegam com passos de cego
que tacteia,
sem me mover avançam,
é a morte que me rodeia!
rompo o espaço ameaçador
abro a porta da escuridão
volto atrás, procuro amor,
e a vida rompe de novo
em meu coração

algo a minha queda detém,
e o meu silêncio devora
olho o horizonte de sóis
que aí vem
sigo a lei dos girassóis
e com sorte, esqueço a morte.

natalia nuno


Na plenitude da felicidade, cada dia é uma vida inteira.
Johann Wolfgang Von Goethe



 
Autor
rosafogo
Autor
 
Texto
Data
Leituras
943
Favoritos
2
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
29 pontos
7
3
2
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Egéria
Publicado: 08/12/2023 08:24  Atualizado: 08/12/2023 08:24
Usuário desde: 28/09/2009
Localidade:
Mensagens: 947
 Re: abro a porta à solidão
Olá,
sempre do melhor... Parabéns!!!
Beijinhos



Enviado por Tópico
Alpha
Publicado: 08/12/2023 12:00  Atualizado: 08/12/2023 12:00
Membro de honra
Usuário desde: 14/04/2015
Localidade:
Mensagens: 2063
 Re: abro a porta à solidão
Olá Natália

Esse romper de vida no coração
Merece todo o maior cuidado
Pois só ele conhece a razão
De precisar ser sempre amado!

Enquanto houver sol os girassóis serão sempre das tuas fontes de vida, e assim vão fechando a porta da solidão!

Beijinho


Enviado por Tópico
Paulo-Galvão
Publicado: 08/12/2023 16:53  Atualizado: 08/12/2023 16:53
Usuário desde: 12/12/2011
Localidade: Lagos
Mensagens: 1435
 Re: abro a porta à solidão
Olá Natália,
Você esta na força da escrita! em absoluto.
Gostei muito,
Paulo