Na vastidão dos dias, tua ausência ecoa,
Mãe, estrela que partiu, saudade que magoa.
No álbum da memória, páginas de afeição,
Guardo as lembranças, tesouros no coração.
Oh, doce presença que o tempo levou,
Teus passos se foram, a saudade ficou.
No aconchego do lar, tua voz ecoa,
Nas asas do vento, a lembrança voa.
As mãos que embalaram sonhos e esperanças,
Agora repousam, tecendo lembranças.
No silêncio da noite, sinto tua brisa,
A carícia do amor que jamais se avisa.
As lágrimas são versos que o coração descreve,
Na poesia da saudade, a alma transcreve.
Na cozinha, teu perfume ainda flutua,
Receitas de amor que a vida perpetua.
Na sala vazia, ecoam risadas,
Momentos de ternura, almas entrelaçadas.
A cadeira vazia, testemunha silenciosa,
Da presença eterna que lembra a senhora.
No retrato amarelado, sorriso guardado,
Olhos que contam histórias do passado.
No peito, a saudade é fogo que arde forte,
A chama do amor não será vencida pela morte.
Ah, mãe querida, que na eternidade descansa,
Teu legado é luz que em mim avança.
Nas estrelas, vejo teu olhar sereno,
Na saudade, encontro o amor sempre pleno.
A vida segue, mas a alma suspira,
Na saudade, a presença nunca expira.
No coração, um altar de amor sempre arderá,
Onde tua memória, eternamente, nos seguirá.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
Homenagem: Maria José Souza Silva (Mãe)
(10/05/1956 - 01/12/2023)