Enviado por | Tópico |
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Benjamin Pó | Publicado: 28/11/2023 21:54 Atualizado: 28/11/2023 21:54 |
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Re: Ao quarto levo, um também p/ R. Beça
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Na Idade Média, usava-se o verbo "leixar", que não é, mas bem que poderia ser, uma mistura de levar e deixar, ou seja, a ação de partir com algo que transportamos connosco, mas que também nos prende ao ponto de partida. Haverá aqui referência ao crescimento, à "idade do chão sem pais"? Ao abandono amoroso, no "quarto" do título, na "memória da pele", agarrada "pela língua", por "ouvidos e olhares"? Ao confronto da vida real com a vida da/pela imaginação? Não sabemos. Apenas sabemos que há um equilíbrio poético nesta balança do leve e do pesado, do "sem gravidade" e do "espesso", que surpreende e fascina. Abraço, irmão. |
Enviado por | Tópico |
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Egéria | Publicado: 29/11/2023 15:01 Atualizado: 29/11/2023 15:01 |
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Re: Ao quarto levo, um também
Olá,
espectacular, adorei... Abraço |
Enviado por | Tópico |
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HorrorisCausa | Publicado: 29/11/2023 20:44 Atualizado: 29/11/2023 20:44 |
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Re: Ao quarto levo, um também/Rogério Beça
Olá Rogério
Li e reli e de todas as vezes ,submergi no espectro da alma, talvez porque a idealize num quarto, com quatro lados leves, a pairar enquanto no meu quarto deixo.me levar...pelo peso ds matéria porque a sinto ,material,apesar do de" um" imaterial, esse 'um"que sobrevive à morte . O resto... é ler e reler porque o poema termina mas a alma não. Atenciosamente HC |
Enviado por | Tópico |
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Vania Lopez | Publicado: 17/05/2024 22:38 Atualizado: 17/05/2024 22:38 |
Membro de honra
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Re: Ao quarto levo, um também
Você conseguiu dar um nó nos sentidos nossos. Gosto imenso do jogo de cintura desse poemão. Pena que acaba… bjs
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Enviado por | Tópico |
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Beatrix | Publicado: 28/05/2024 02:18 Atualizado: 28/05/2024 02:19 |
Da casa!
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Re: Ao quarto levo, um também / Rogério Beça
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Olá. Tudo parece tão leve, de massa, quase oca e, simultaneamente, pesado. Mas não da gravidade. Essa força que leva a deixar cair. Leve, levar, verbo e adjetivo no mesmo poema, propositadamente. Se há alguém que leve algo de nosso, como não ficar mais leve? E queremos isso? De onde vem essa necessidade? Queremos que tudo seja leve, e/ou que levem tudo. São bem diferentes, apesar de relacionados. Mas se Todo o peso que me cai (...) que evapora por gosto e me faz preso se vai Ao levar, ficamos leves e presos. Às memória da pele, ao que trazemos agarrados a nós. Isso não cai, não fica leve, nem se deixa levar. Só se Num levar, deixo o resto. Extraordinário! Parabéns. Mesmo muito, muito bom. Beatrix. |