i.
Dança Pênia no jardim.
Os olhos cobiçam a prudência
— deita-se Porus.
ii.
Do néctar dos deuses
(terminada a dança)
nasce Eros.
iii.
Os olhos: dois lagos
a refletir a face
e a fome de Eros.
iv.
A luz personifica Pênia
— eis a sombra aos olhos
Eros ao rés do chão.
v.
Por riachos a fome
faz enxergar miragem
— Narcisos.
vi.
Descalço Eros dança
mira o Olimpo:
suplanta a própria penúria.