surge no rosto
um veio indelével
carregado de raiva latente
lavada em sal.
a tão previsível
explosão de nada,
erupção de fel
sem racional,
irrompendo inflamada.
no rosto oposto,
indiferente,
bate a palavra absurda
irada e surda
que a pele não sente
e o coração não chora:
apenas ignora
a ignomínia final.