Sinto o gosto de absinto
O perfume deste estrume
Que alimenta esta semente
Que de restos se alimenta.
Vejo a onda onde eu velejo
Neste mar que mar não foi
Deste rio de risos que rio
Das mágoas na água que bebo.
E eu creio no que quero e cri
Lágrimas de lástimas minhas
Lança que dança no espaço
Esperanças tantas...tardias.
Regozijo e reflito, hirto.
Punho cerrado e errante
Grande grito gigante
Mas ninguém ouve meu grito.
Lamento e mais nada tento.
Escorre no corte do meu corpo
Sangra em minhas mãos meu coração
Sem uso, sem pulso... Morto.
Gyl Ferrys