No crepúsculo dourado de encantos e desejos,
Onde a luz dança e se perde nos ensejos,
Surge o olhar, feiticeiro e profundo,
Magia tecida num olhar sedutor, fecundo.
No palco da vida, como um suave feitiço,
O olhar se desenha, qual rastro de um riso,
Reflete estrelas, cintilantes no firmamento,
Um convite à dança, um sutil movimento.
Em órbita, galáxia de mistério e ardor,
O olhar se entrelaça, formando um clamor,
Palavras silenciosas, em língua universal,
Um idioma etéreo, sublime e celestial.
As pupilas, espelhos de um universo íntimo,
Segredos guardados, sob um manto infinito,
Ecos de paixão, como notas de uma canção,
Roubam o fôlego, despertam a emoção.
Nos círculos mágicos, traçados sem querer,
O olhar se torna farol, guia do prazer,
Desperta desejos, como flores ao luar,
Num jardim proibido, onde se ousa sonhar.
És feiticeira, tu, que com olhos encantados,
Deslizas nas almas, como rios prateados,
Tece ilusões, em teias de sedução,
Um convite à entrega, uma doce rendição.
E assim, na penumbra, onde a magia floresce,
O olhar sedutor, como estrela, aquece,
Num ballet de sentimentos, dança a sedução,
Poema eterno, escrito no livro do coração.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense