Ergo as mãos ao céu e rasgo o espírito em oração, permitindo que o meu espírito se entrelace ao sagrado, criando um vínculo etéreo entre o terreno e o celestial, neste instante de conexão, sinto a paz envolver-me, como as asas suaves de uma borboleta que carrega a essência dos meus anseios mais profundos.
O silêncio é preenchido por suspiros de gratidão, enquanto o som da minha alma em reverência se entrega aos braços do Pai.
No crepúsculo da oração, o meu coração ressoa em sintonia com a quietude celestial.
Cada palavra pronunciada é um fio delicado que tece laços de comunhão, e o meu espírito, agora leve, flutua na serenidade de um diálogo íntimo com o infinito.
Nesse êxtase espiritual, as fronteiras entre o eu e o Divino desvanecem-se, mergulhando-me num oceano de paz e serenidade. Cada pensamento torna-se uma prece, e a presença do sagrado entrelaça-se com os fios da minha existência, tecendo um manto de transcendência.
Esse laço indivisível que é Deus, abre-me ao desconhecido, é como um abrir de portas á alma para arejar o pensamento e sentir o toque majestoso da Sua presença.
Neste lugar Celestial, estou com Deus, abro a alma permitindo que a luz celestial penetre nos recantos mais profundos do meu ser, o pensamento, agora lavado e purificado, dança em harmonia com a inspiração divina, e o toque poético da mão de Deus manifesta-se em cada verso da minha jornada espiritual.
Alice Vaz de Barros
Alice Vaz De Barros