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Poemas : 

O desaire das coisas imóveis

 
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Ganhei as raízes do salgueiro
Nem a salgadeira do rosto
Secou o tronco nu
Após tantas iras do outono



Há muito que espero
O amor

Um dia pensei que surgiria como cotovia nos meus galhos
Mas o que apareceu foi um corvo nas noites de lua vazia



Houve um tempo, que pensei que surgiria montado num cavalo
E descansaria aproveitando a sombra dos meus braços
Contudo, o que apareceu, foi o burro do senhor Quinas a cagar que nem um leopardo



Isto é a vida de um Salgueiro-chorão

Abriga do sol quem se aproxima

Menos o próprio coração






 
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joymel
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O desperdício do tempo… devia dar multa
O desaire das coisas imóveis
Para ti…menina árvore
Deixastes o outono invernal em pleno verão com a tua ausência e a triste novidade de estares mal …
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Aleatórios
Os poetas não morrem … são eternos nos versos …seus poemas serão sempre regressos …
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Cinzentos azulados refletindo o mundo ...aprendendo o valor de tudo …
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No dia em que as palavras se perderam.
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Enviado por Tópico
Paulo-Galvão
Publicado: 28/10/2023 21:53  Atualizado: 28/10/2023 21:53
Usuário desde: 12/12/2011
Localidade: Lagos
Mensagens: 1440
 Re: O desaire das coisas imóveis
Parabéns pelo poema história.
percebo que o sr Quinas
defenda as meninas,
Paulo

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