No silêncio da noite, és minha companheira,
Oh, solidão, que me envolve com suas teias, tece,
Em teus braços frios, encontro a verdadeira,
Paz que o mundo, com seu bulício, não me oferece.
Na solitude, encontro espaço para pensar,
Refletir sobre sonhos e desejos profundos,
Na calma da noite, posso me encontrar,
E desvendar os segredos mais seguro do mundo.
Oh, solidão, és mestra de introspeção,
Nas horas tranquilas que contigo passo,
Descubro em mim uma nova direção,
E me torno meu melhor abraço.
Na tua quietude, encontro meu refúgio,
Longe das multidões e suas máscaras,
Na solidão, sou eu, sem disfarce, sem artifício,
E descubro beleza nas minhas próprias asas.
Embora muitos temam tua presença,
Eu abraço a solidão, com gratidão e aceitação,
Pois nela encontro minha essência,
E a paz que é a mais pura redenção.
Assim, ergo um brinde a ti, ó solidão,
Minha eterna companheira de reflexão,
Pois contigo encontro minha canção,
E a beleza da minha alma no coração.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense