Por algum tempo evitei o mar
Ele parecia desviar o olhar ao me ver só,
Quebrava em fúria,
Ao Sol fiz aceno, atravessei noutra esquina, parei com cantorias e versos,
Mantive o pôr ou amanhecer, num canto pequeno de mim,
Da Floresta verdejante senti umedecer os olhos, guardei todas as folhas que pareciam beijar meus ombros, num aceno de lembrar-te.
Parei de estudar a Lua, que tantas vezes inspirou-me a te dedicar,
Rios e lagos lembram-me seus olhos,
A matéria me faz um aceno constante de uma lembrança preenchida de saudades,
A solidão me encontra na multidão.
Os cantos, vozes e sabores, todos eles parecem feitos para você,
Minha razão nas cordas, suplica complacência
A minha carne arde,
Minhas noites ficam longas e o coração acelerado.
Sinto-me um náufrago.