A sua alma dissipa em mim um carrossel de
emoções, estampa no meu rosto o sorriso da
leitura, meus olhos ficam úmidos, minha mão
gélida, me corpo trêmulo e o coração
aquecido.
O rosto que já estampa sua coloração tão
ímpar;
Os olhos folha seca se fixam no desejo de
verte por completo, são os mesmos que
secam com a ausência, os olhos folha seca
que umedecem quando te vê nas palavras;
As mãos escravas que escrevemnos,
escrevete, escreveme, ousa e hesita;
O corpo trêmulo de saudades, que remete um
ímã sonoro constante. O corpo trêmulo quase
desnudo diante de você;
O coração que nunca imaginou ser tão bem
recebido, que não imaginou que as garrafas
jogadas ao mar retornariam, que a súplica por
alguém que embebesse poesia fosse ser
atendida.
A sua alma dissipa em mim um carrossel de
emoções, e em casa, desnudos da noção de
tempo, brindamos as nossas compatibilidades,
você sorri do meu jeito desengonçado de
ensaiar uns passinhos, briga pelo meu time,
elogia meu vestido, cantarola Nando Reis no
meu ouvido, e eu umedeço.
Em casa fora do caos, elencamos nossas
qualidades de lidar , rimos do frio, lamentamos o descontrole das estações.
Deitada eu faço redemoinhos com seu cabelo,
e o cheiro, para mim basta. É o cheiro da
vitória.
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