Quando não tive sabia que podia ter, mesmo arrasada com o peso da tristeza. A minha poesia seriam palavras a dominar o frio que conjugava a minha identidade!!!
Socorri-me, pois, porque haveria eu de ficar??
Então naquele espaço mais escuro meus olhos floresceram com uma luz que iluminava toda a escuridão. Amanheci, acordada sem detritos ou exclusividades apenas minhas.
O vento era bravio, e a chuva escoltava as próteses do barulho, mendigava nas janelas para se abrir!!
E eu que tudo questionava, tentei fechar-me, mas mesmo o vazio encheu-me de tudo o que havia por pensar…
Sinto que algo em mim se mistura entre uma loucura artesanal e a sabedoria já esplendida dela!!!
Cá dentro não é mesmo que lá fora, tudo se encontra desnivelado, ouço e falo no silêncio de qualquer coisa…
A viuvez do meu voo desatinou a minha liberdade!! Eu era a marinheira e agora sou a naufraga!!!
Renascer de uma luta é sentir que a vitória é imparável!
Egéria