Venho-te falar de saudades
Daquelas que nos corroem
E nos mostram que a vida é dura.
Daquelas que trago no peito
E tantas vezes ajeito
Sem terem jeito algum.
Queria voltar ao início
Sem cair no precipício
Onde o início é nenhum,
Queria voltar a ser flor
Desenhar o teu amor
Sem um passo de revolta.
Ser a praia em primavera
Nos teus olhos de quimera
Onde depositei os meus sonhos
Ao ver voar as gaivotas.