Regressou o tempo outonal
Por entre nuvens carregadas
Vestindo seu semblante divinal
Com seus ventos feitos baladas
As folhas que das árvores caíam
Numa beleza sem princípio e fim
Ao toque dos raios de sol se riam
Em bailados com cores de marfim
O colorido dava várias tonalidades
Refletiam-se nas águas da ribeira
Os pássaros com suas sonoridades
Banhavam-se nas águas da cachoeira
Folhas secas cuja vida se apagou
Quantas vezes cobristes o calor
Afeiçoes que debaixo de ti jorrou
Mas que agora tudo é desolador
Nesta conjunção de tanta alegoria
A lua deixou a nu seus raios de prata
Rasgando os olhares da noite fria
Num outono de cariz aristocrata
No outono ficam as folhas perenes
As outras deixam árvores em nudez
Mas em todas ficam os seus genes
Para dar vida ao outono, outra vez!
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