Ainda não foi dessa vez – lamentou o sr Con tristemente com seus botões ao ouvir o nome do novo laureado com o Premio Nobel de Literatura, o escritor norueguês Jon Fosse – Bem, tenho a vida toda para esperar. Todos anos, nesse período que antecedia o anuncio, Sr. Com esperava que seu nome fosse agraciado apesar de seus livros pífios que ninguém comprar e nem ler, mas para ele não significava nada, até engendrava um plano futuro de fazer ele mesmo sua inscrisção – ou seja enviar todos seus livros publicados para o comitê permanente do Premio na Academia Sueca – quem chora não mama – quem sabe baixa um santo na porta bandeira e os suecos sempre sérios e sisudos chutem pau da barraca – não laurearam o loucão do Bob Dilan – mas ele merecia pela sua poesia musical.
Nesses ultimas semanas lera seis livros – entre eles um André Gyde “Subterrâneos do Vaticano” – ele é Nobel de 1947 e relaxou os primeiro escritos do mestre Marcel Proust em sua editora – Um Tolstoi e seu clássico “A Morte de Ivan Ilitch”. Andou enchendo a cara moderadamente e sexta-feira passada iniciou a sua jornada no Ministerio Publico, requerendo a antecipação da cirurgia de catarata – também entrará com um processo pela Defensoria Publica – tudo em nome da boa saúde dos olhos. No hall da promotoria, onde chegara bem cedo lembrou-se do tempo que fora também um serventuário da justiça, exercendo o cargo de datilografo num juizado de pequenas causas no final do século passado - good times = Para esse evento teve que tirar do guarda roupa – calça e camisa social dessa época, para descaruncha-los a senhora Vince teve que lava-los – no primeiro dia o sr. Com sentia-se com um peixe fora d’agua, dezenas da anos sem envergar um fato completo. Infelizmente terá que se acostumar, serão muitas indas e vindas a esses órgãos, onde nada é célere e talvez não dê em nada – não custa nada tentar – é melhor do que não fazer nada e esperar a cegueira chegar com boca escancarada cheia de dentes cariados – na volta abasteci-me na biblioteca com “Não a há dia fácil” de Mark Owen, o líder da tropa de elite que chacinou o mestre Osama e “Dossiè Russo” do repórter Geneton Moraes Neto acompanhando a transição do império soviético para a democracia russa na liderança de Gorbatchov na primeira eleição presidencial.