Poemas : 

Os poetas do Luso clareiam tristezas

 
 
As Solidões
Têm tantos rostos
Rostos mais velhos...mais novos

Existem as solidões
Sem gente por perto

As solidões rodeadas de gente

As solidões têm tantos rostos
E acho que têm os nossos…

Não deveria acontecer
Quando a vida
Nos oferece a multidão ao redor
Das nossas horas

Acho que faz falta
Partilharmos
Os silêncios mais íntimos
Com alguém que sabe escutar
Com o ouvido na alma
O tom baixinho da fala
Aquela fala
Que ralha
Que salga
Que acolhe a calma
Sem levantar a voz

Alguém que está disposto a partilhar
A falar dos sismos
Das derrocadas
Das lágrimas
Dos olhos quebradiços

Aquelas pessoas que nos lenificam
Quando as imagens
Nos cercam
Nos momentos
Mais frágeis,
E tudo desaba
Num desabafo

Talvez seja de um egoísmo altivo, escrever...das dores invisíveis, quando lá fora existe tanta gente em que a morte alivia a dor e a fome, mas existe um precipício no íntimo a afundar os sentimentos mais nobres.
A nobreza de amar é a claraboia dos nossos sonhos e silenciá-la é escurecer o seu rumo ….

Obrigado aos poetas aqui do Luso, que são claraboias, faróis e estrelas guias, de muitos de nós …

Obrigado









 
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hedre-poeter
 
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