Quebrei a taça da amargura, num gesto de redenção,
Derramei suas lágrimas no chão, a minha decisão.
Das dores passadas, me libertei, rompi a corrente,
Agora, ergo-me em busca da alegria, plena e reluzente.
No cristal que se desfez, havia anos de tormento,
Mas no momento da quebra, achei meu renascimento.
Os cacos cortaram, sim, a pele do meu ser,
Mas cicatrizes contam histórias, e eu renasço a aprender.
Em cada fragmento, vejo reflexos de esperança,
No quebrar da taça, encontro uma nova dança.
A amargura, enfim, se desfaz em poeiras do passado,
Deixo-a para trás, como um sonho desbotado.
Agora ergo a taça da alegria, brindo ao novo dia,
Às cores da vida, à melodia que nos guia.
Que a doçura da jornada me preencha o coração,
E que a taça quebrada seja a minha libertação.
Que o sabor da paz e da felicidade eu possa provar,
Enquanto deixo a amargura para trás, a desintegrar.
Que a vida, como vinho bom, me faça embriagar,
Na taça da renovação, eu quero brindar!
Poema: Odair José, Poeta Cacerense