Arranha o coração
Do caído que se levantou,
Voltar a cair no chão
Por vontade que o deserdou...
Cousa de corpo sem peito
Que ora sem falar,
Que pensa sem defeito,
Ousa querer não acordar,
Que fica sem sentir,
A dormir, a dormir
Na cova de alguém.
Diz-se assim com desdém
Que a mentira de outrém
Não passa de reza falhada,
Força amortalhada
Ou disparate aperaltado
Que fica sempre colado
À verdade da ausência
De uma calada evidência
De esteio que não é escora
Que cai e vai embora.
Valdevinoxis
A boa convivência não é uma questão de tolerância.