A morte do carreiro
Foi num dia bem de tarde
Que ficou só na saudade
O drama que aconteceu
O carreiro vinha da cidade
Assobiando de felicidade
Quando o fato aconteceu
Quando descia na pedreira
Despencou na ribanceira
Com o carro e os animais
Foi tão triste a sua sorte
Nesta hora veio a morte
Que o levou pra nunca mais
A mulher e seus filhinhos
O esperavam no ranchinho
À tardinha lá no quintal
Esperaram até entardecer
E vendo o dia anoitecer
Logo pensaram no mal
Subiram até a pedreira
Naquela segunda feira
Para ver o que acontecia
Só viram o carro tombado
E o carreiro morto ao lado
E um boi que aí gemia
As crianças todas aí chorando
Ao ranchinho foram voltando
E aumentou o desespero
Foi numa tarde sem sorte
Que a vida tornou-se morte
Daquele pobre carreiro
No dia seguinte, no terreiro
Choravam a morte do carreiro
Todo mundo, muito sentiu
Por saber que tanta felicidade
O destino, só por maldade
Para sempre aí destruiu.
jmd/Maringá, 25.09.23
verde
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